(Vaticano - 30/3/2010) São factos repletos de realismo, os que se celebram nesta Semana Santa. Vividos num mistério de fé, são também dramatizados em diferentes expressões e para reviver os quadros da paixão e morte de Cristo na Cruz.
A celebração dos mistérios da Redenção, realizados por Jesus nos últimos dias da sua vida, começou pela sua entrada messiânica em Jerusalém. O Domingo de Ramos abriu solenemente a Semana Santa, com a lembrança das Palmas e da Paixão do Senhor.
Duas celebrações marcam a Quinta-Feira Santa: a Missa Crismal e a Missa da Ceia do Senhor. Antigamente, na manhã deste dia celebrava-se o rito da reconciliação dos penitentes, a quem tinha sido imposto o cilício em quarta-feira de cinzas. A manhã é preenchida pela Missa Crismal, que reúne em torno do Bispo o clero da Diocese e são abençoados os óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagrado o Santo Óleo do Crisma.
A origem da bênção dos óleos santos e do sagrado crisma é romana, embora o rito tenha marcas galicanas. Em conformidade com a tradição latina, a bênção do óleo dos doentes faz-se antes da conclusão da oração eucarística; a bênção do óleo dos catecúmenos e do crisma é dada depois da comunhão. Permite-se, todavia, por razões pastorais, cumprir todo o rito de bênção depois da liturgia da Palavra, conservando, porém, a ordem indicada no próprio rito.
Com a Missa vespertina da Ceia do Senhor tem início o Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. É comemorada a instituição dos Sacramentos da Eucaristia e da Ordem e o mandamento do Amor (o gesto do lava-pés).
A simbologia do sacrifício é expressa pela separação dos dois elementos "o pão" e "o vinho". Esse evento do mistério de Jesus também se tornou manifesto no gesto do lava-pés. Depois do longo silêncio quaresmal, a liturgia canta o Glória.
No final da Missa, o Santíssimo Sacramento é trasladado para um outro local, desnudando-se então os altares.
Na Sexta-feira Santa não se celebra a missa, tendo lugar a celebração da morte do Senhor, com a adoração da Cruz. O silêncio, o jejum e a oração marcam este dia. A celebração da tarde é uma espécie de drama em três actos: proclamação da Palavra de Deus, apresentação e adoração da cruz, comunhão.
O Sábado Santo é dia alitúrgico: a Igreja debruça-se, no silêncio e na meditação, sobre o sepulcro do Senhor. A única celebração primitiva parece ter sido o jejum.
A Vigília Pascal é a “mãe de todas as celebrações” da Igreja. Celebra-se a Ressurreição de Cristo, a Luz que ilumina o mundo, e para transmitir esse simbolismo deve ser celebrada não antes do anoitecer e terminada antes da aurora. Cinco elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal: a bênção do fogo novo e do círio pascal; a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a série de leituras sobre a História da Salvação; a renovação das promessas do Baptismo e, por fim, a liturgia Eucarística. Ainda hoje continua a ser a noite por excelência do Baptismo.
História
O ano litúrgico como hoje o conhecemos pretende levar os católicos a celebrar sacramentalmente a pessoa de Jesus Cristo como "memória", "presença", "profecia". Na Igreja primitiva, o mistério, a celebração, a pregação, a vida cristã tiveram um único centro: a Páscoa - o culto da Igreja primitiva nasceu da Páscoa e para celebrar a Páscoa. No início da vida cristã encontra-se o Domingo como única festa, com a única denominação de "Dia do Senhor". Por influência das comunidades cristãs provenientes do judaísmo, surgiu depois um "grande Domingo", como celebração anual da Páscoa.
A partir do séc. IV, com os decretos que garantiam a liberdade de culto aos cristãos, começaram-se a celebrar na Terra Santa os acontecimentos da Paixão e morte de Jesus Cristo, nos locais e às horas em que eram relatados nos Evangelhos. Nasceu assim a Semana Santa e os peregrinos estenderam este uso a todas as igrejas.
A celebração do baptismo na noite de Páscoa, já em uso no século III, e a disciplina penitencial com a reconciliação dos penitentes na manhã de Quinta-feira Santa, já no século V, fizeram nascer também o período preparatório da Páscoa, ou seja, a Quaresma, inspirada nos "quarenta dias bíblicos".
A Semana Santa apresenta-se, neste contexto, como a Semana Maior do ano litúrgico. Graças à peregrina Egéria, que viveu no final do século IV, conhecemos os rituais que envolviam estas celebrações no princípio do Cristianismo.
Ela descreve no seu livro "Itinerarium" a liturgia que se desenvolveu em Jerusalém, teatro das últimas horas de vida de Jesus, e compreende o intervalo de tempo que vai do Domingo de Ramos à Páscoa.
Na Idade Média, esta semana era chamada a "semana dolorosa", porque a Paixão de Cristo era dramatizada pelo povo, pondo em destaque os aspectos do sofrimento e da compaixão. Actualmente, muitas igrejas locais dão ainda vida a essa tradição dramática, que se desenrola em procissões e representações da Paixão de Jesus.
O Dízimo é um mandamento bíblico. Como tal, ele é também um direito que todo cristão tem de ofertar uma parcela de seus rendimentos, como meio de agradecer a Deus e de colaborar com sua Igreja. Dízimo é um sinal de compromisso de fidelidade com Deus, com a Igreja e com os pobres. Jesus, na sua bondade infinita, instituiu a sua Igreja, para ela evangelizar, catequizar, servir e santificar. E para que ela possa desempenhar a sua vocação evangelizadora no mundo, necessita de recursos materiais e esses recursos devem provir de nós, seus filhos, que somos e formamos a Igreja viva de Cristo aqui na terra. Com o dízimo você ajuda a transformar a Igreja para que ela seja cada vez mais unida e fraterna, a fim de que possa cumprir sua missão evangelizadora como Jesus a quer. Agradecemos a você, dizimista, pela sua generosa colaboração. Graças a ela, está sendo possível manter as Pastorais e a Evangelização. De modo especial estaremos rendendo louvor a Deus por todos os dizimistas no dia 21
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