Mês da Bíblia - Palavra de Deus para a Fé e a Vida.
Na busca de motivar um novo estímulo para a evangelização, o mês de setembro tem como tema a Bíblia, a Palavra de Deus que deve ser anunciada como Evangelho para toda criatura. Ela exprime a comunicação divina que chega ao seu ápice na pessoa mesma de Jesus, o Verbo de Deus feito carne para dar a vida ao mundo.
O Papa Bento XVI nos recorda (citado no número 146 do Documento de Aparecida) que “o discípulo, fundamentado assim na rocha da Palavra de Deus, sente-se motivado a levar a Boa Nova da salvação a seus irmãos. Discipulado e missão são como as duas faces da mesma moeda: quando o discípulo está apaixonado por Cristo, não pode deixar de anunciar ao mundo que só Ele nos salva (cf. At 4,12). De fato, o discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro”.62 E continua o mesmo documento, mostrando o destino universal da força da Palavra de Deus: “Essa é a tarefa essencial da evangelização, que inclui a opção preferencial pelos pobres, a promoção humana integral e a autêntica libertação cristã.”
E como proposta concreta de ação evangelizadora propõe no número 226 do mesmo documento: “Em nossa Igreja temos de reforçar quatro eixos: a) A experiência religiosa. Em nossa Igreja devemos oferecer a todos os nossos fiéis um “encontro pessoal com Jesus Cristo”, uma experiência religiosa profunda e intensa, um anúncio querigmático e o testemunho pessoal dos evangelizadores, que leve a uma conversão pessoal e a uma mudança de vida integral. b) A vivência comunitária. Nossos fiéis procuram comunidades cristãs, onde sejam acolhidos fraternalmente e se sintam valorizados, visíveis e eclesialmente incluídos. É necessário que nossos fiéis se sintam realmente membros de uma comunidade eclesial e co-responsáveis em seu desenvolvimento. Isso permitirá maior compromisso e entrega em e pela Igreja. c) A formação bíblico-doutrinal. Junto a uma forte experiência religiosa e uma destacada convivência comunitária, nossos fiéis precisam aprofundar o conhecimento da Palavra de Deus e os conteúdos da fé, visto que esta é a única maneira de amadurecer sua experiência religiosa. Nesse caminho, acentuadamente vivencial e comunitário, a formação doutrinal não se experimenta como conhecimento teórico e frio, mas como ferramenta fundamental e necessária no crescimento espiritual, pessoal e comunitário. d) O compromisso missionário de toda a comunidade. Ela sai ao encontro dos afastados, interessa-se por sua situação, a fim de reencantá-los com a Igreja e convidá-los a retornarem para ela.
E como proposta concreta de ação evangelizadora propõe no número 226 do mesmo documento: “Em nossa Igreja temos de reforçar quatro eixos: a) A experiência religiosa. Em nossa Igreja devemos oferecer a todos os nossos fiéis um “encontro pessoal com Jesus Cristo”, uma experiência religiosa profunda e intensa, um anúncio querigmático e o testemunho pessoal dos evangelizadores, que leve a uma conversão pessoal e a uma mudança de vida integral. b) A vivência comunitária. Nossos fiéis procuram comunidades cristãs, onde sejam acolhidos fraternalmente e se sintam valorizados, visíveis e eclesialmente incluídos. É necessário que nossos fiéis se sintam realmente membros de uma comunidade eclesial e co-responsáveis em seu desenvolvimento. Isso permitirá maior compromisso e entrega em e pela Igreja. c) A formação bíblico-doutrinal. Junto a uma forte experiência religiosa e uma destacada convivência comunitária, nossos fiéis precisam aprofundar o conhecimento da Palavra de Deus e os conteúdos da fé, visto que esta é a única maneira de amadurecer sua experiência religiosa. Nesse caminho, acentuadamente vivencial e comunitário, a formação doutrinal não se experimenta como conhecimento teórico e frio, mas como ferramenta fundamental e necessária no crescimento espiritual, pessoal e comunitário. d) O compromisso missionário de toda a comunidade. Ela sai ao encontro dos afastados, interessa-se por sua situação, a fim de reencantá-los com a Igreja e convidá-los a retornarem para ela.
Para este mês da Bíblia 2010 se propõe o estudo e a meditação do Livro de Jonas com destaque para a evangelização e a missão na cidade.
Fundamentados na Palavra de Deus, os discípulos de Cristo são missionados a levar a força da mesma Palavra transformadora da realidade humana em Reino de Deus, a partir dos corações humanos que a recebem e acolhem como Palavra de Vida. A Palavra de Deus como semente desenvolve-se na escuta, na meditação, na oração, na vida e na partilha. Como o próprio Jesus a comparou, mesmo sendo pequena como um grão de mostarda, tem em si a força para fazer crescer uma grande planta onde até as aves do céu vem fazer seus ninhos.
A Palavra de Deus chama à Vida e à Missão.
A Palavra de Deus chama à Vida e à Missão.
Eleições - compromisso cidadão.
Desde o início do Cristianismo, tem sido convicção de fé a conseqüência política da vida cristã. Conseqüência política tem o projeto cristão de fazer acontecer o Reino de Deus, que é a comunhão universal de todas as pessoas como filhos e filhas do único e mesmo Pai do Céu, reino que é vida plena para todos a partir do transitório desta existência terrena até o definitivo da vida eterna.
Assim, a participação dos cristãos na vida política não é simples questão de gosto pessoal, mas opção e dever de suma caridade, o responsabilizar-se pelo bem de todos os concidadãos, que são irmãos e co-herdeiros da vida divina, chamados a ser não só cidadãos desta terra, mas concidadãos no Reino de Deus.
Ilumina muito o papel dos cristãos em meio à sociedade humana um texto antigo da Igreja, chamado "Carta a Diogneto" do século II: "Os cristãos não se diferenciam dos outros homens nem pela pátria nem pela língua nem por um gênero de vida especial. De fato, não moram em cidades próprias, nem usam linguagem peculiar, e a sua vida nada tem de extraordinário. ... Moram em cidades gregas ou bárbaras, conforme as circunstâncias de cada um; seguem os costumes da terra, quer no modo de vestir, quer nos alimentos que tomam, quer em outros usos; mas o seu modo de viver é admirável e passa aos olhos de todos por um prodígio. Habitam em suas pátrias, mas como de passagem; têm tudo em comum como os outros cidadãos, mas tudo suportam como se não tivessem pátria. Todo país estrangeiro é sua pátria e toda pátria é para eles terra estrangeira. ... Moram na terra, mas sua cidade é no céu. Obedecem às leis estabelecidas, mas com seu gênero de vida superam as leis. Amam a todos ... Numa palavra: os cristãos são no mundo o que a alma é no corpo."
Torna-se compromisso inalienável para o discípulo de Cristo, como cidadão deste mundo, colaborar com a construção de uma sociedade justa e solidária, que seja caminho para a expressão plena da dignidade humana.
Assim, a participação dos cristãos na vida política não é simples questão de gosto pessoal, mas opção e dever de suma caridade, o responsabilizar-se pelo bem de todos os concidadãos, que são irmãos e co-herdeiros da vida divina, chamados a ser não só cidadãos desta terra, mas concidadãos no Reino de Deus.
Ilumina muito o papel dos cristãos em meio à sociedade humana um texto antigo da Igreja, chamado "Carta a Diogneto" do século II: "Os cristãos não se diferenciam dos outros homens nem pela pátria nem pela língua nem por um gênero de vida especial. De fato, não moram em cidades próprias, nem usam linguagem peculiar, e a sua vida nada tem de extraordinário. ... Moram em cidades gregas ou bárbaras, conforme as circunstâncias de cada um; seguem os costumes da terra, quer no modo de vestir, quer nos alimentos que tomam, quer em outros usos; mas o seu modo de viver é admirável e passa aos olhos de todos por um prodígio. Habitam em suas pátrias, mas como de passagem; têm tudo em comum como os outros cidadãos, mas tudo suportam como se não tivessem pátria. Todo país estrangeiro é sua pátria e toda pátria é para eles terra estrangeira. ... Moram na terra, mas sua cidade é no céu. Obedecem às leis estabelecidas, mas com seu gênero de vida superam as leis. Amam a todos ... Numa palavra: os cristãos são no mundo o que a alma é no corpo."
Torna-se compromisso inalienável para o discípulo de Cristo, como cidadão deste mundo, colaborar com a construção de uma sociedade justa e solidária, que seja caminho para a expressão plena da dignidade humana.
Serviço público para o cristão deve ser expressão de uma verdadeira caridade coletiva, que busca o bem comum de todos os que são chamados como humanidade a fazer família no Reino de Deus. Voto é compromisso no exercício da participação democrática, colaboração na busca do mesmo bem comum. Portanto, voto é responsabilidade para com o bem de todos e não oportunismo de proveito próprio imediato. Voto não se vende. Voto não se desperdiça. Voto produz consequências. A esta alta responsabilidade são chamados os que já na antiguidade cristã se reconheciam com a missão de ser “no mundo o que a alma é no corpo”.
Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo de Fortaleza
Comentários
Postar um comentário