Voltamos a celebrar na Liturgia da Igreja a Festa do Natal do Senhor. E ela está mesmo presente nas comemorações sociais de nossa cultura, não apenas nas manifestações religiosas.
Por que voltamos a ela todos os anos?
Nas celebrações do culto litúrgico, por diversas vezes repetimos o diálogo entre o sacerdote e a assembléia: “O Senhor esteja convosco. – Ele está no meio de nós!”
É esta uma profissão de fé, uma constatação da realidade que nos une como Igreja, família de Deus.
Jesus, o Verbo Divino que se fez carne, está conosco, como Ele mesmo prometeu definitivamente: “Eu estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos”(Mt 28, 20).
Esta é a verdade fundamental que vem acordar a memória, o coração, os atos, toda a orientação de vida humana. O Natal, a partir daquele primeiro do presépio de Belém, é agora. Ele está acontecendo na humanidade que acolhe o Enviado pelo Pai. Pois: “A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus: são os que crêem no seu nome. Estes foram gerados não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” (Jo 1,12-13.)
Este é o motivo, esta a razão, este o fundamento de tudo o que é novo. O próprio Deus veio ao encontro do homem, criado pelo Seu Amor e para a vida, mas que, cedendo ao tentador, escolheu uma vida sem Deus, sem a fonte de seu próprio ser.
Ele veio, feito homem, o Eterno Filho, do Eterno Pai, para no Eterno Amor – Espírito Santo, renovar tudo, reconduzindo as criaturas ao Criador.
E mais, elevou sua criatura humana, assumida por Ele mesmo no Filho feito carne, às alturas incompreensíveis às inteligências criadas, de ser “participante da Vida Divina”.
E esta é agora a “realidade” ainda não percebida pela humanidade mergulhada em sua cegueira e escuridão.
É preciso celebrar o Natal do Senhor, de Jesus, o Filho encarnado do Deus Eterno. É preciso reconhecê-lo: “Ele está no meio de nós”. “A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus: são os que crêem no seu nome. Estes foram gerados não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” (Jo 1,12-13.)
Há ainda futuro aberto para a vida humana? Há ainda caminho aberto para a humanidade; caminho este que tenha direção e marche para um destino de plenitude?
Quando as decepções humanas se acumulam pelo mal que se manifesta de tantos modos no decorrer do tempo que vivemos; quando as notícias de desumanidades se fazem prato cheio nos meios de comunicação todos os dias; quando os fracassos humanos enfraquecem os sonhos de grandeza e ideais nos corações; ainda há o que esperar, pois o Amor de Deus não se deixa vencer e “onde o pecado é abundante, o amor gratuito e fiel de Deus é superabundante” (conf. Rom 5, 20. E tudo isto por nós.
Jesus está conosco, ele é o Emanuel (conf. Mt 1, 23). Com Ele tudo o que é bom poderemos realizar. Ele é definitivamente o vencedor do mal e da morte.
Ele está presente e agindo nos corações humanos, que O recebem. Ele age pelo Seu Espírito de Amor derramado nos corações e fecundando toda a realidade do mundo com a Realidade Nova – agora Eterna Boa Novidade: “Ele está no meio de nós”.
Estas Boas Festas nos querem recordar a proximidade do Amor de Deus e sua ação contínua em nós. Elas reacendem em todos os corações humanos a certeza de nossa própria grandeza. Elas nos abrem os olhos para vermos a presença de Deus em cada pessoa e a que altíssimo destino o “Pai” nos conduz. Ela é o chamado ao amor universal que a todos une como família humana e divina.
Votos de Natal Santo e Feliz - Ano Novo Abençoado - significam reconduzirmos tudo à sua fonte e ao seu destino.
Este é o “Espírito do Natal” – “Ele está no meio de nós”.
Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo de Fortaleza
Por que voltamos a ela todos os anos?
Nas celebrações do culto litúrgico, por diversas vezes repetimos o diálogo entre o sacerdote e a assembléia: “O Senhor esteja convosco. – Ele está no meio de nós!”
É esta uma profissão de fé, uma constatação da realidade que nos une como Igreja, família de Deus.
Jesus, o Verbo Divino que se fez carne, está conosco, como Ele mesmo prometeu definitivamente: “Eu estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos”(Mt 28, 20).
Esta é a verdade fundamental que vem acordar a memória, o coração, os atos, toda a orientação de vida humana. O Natal, a partir daquele primeiro do presépio de Belém, é agora. Ele está acontecendo na humanidade que acolhe o Enviado pelo Pai. Pois: “A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus: são os que crêem no seu nome. Estes foram gerados não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” (Jo 1,12-13.)
Este é o motivo, esta a razão, este o fundamento de tudo o que é novo. O próprio Deus veio ao encontro do homem, criado pelo Seu Amor e para a vida, mas que, cedendo ao tentador, escolheu uma vida sem Deus, sem a fonte de seu próprio ser.
Ele veio, feito homem, o Eterno Filho, do Eterno Pai, para no Eterno Amor – Espírito Santo, renovar tudo, reconduzindo as criaturas ao Criador.
E mais, elevou sua criatura humana, assumida por Ele mesmo no Filho feito carne, às alturas incompreensíveis às inteligências criadas, de ser “participante da Vida Divina”.
E esta é agora a “realidade” ainda não percebida pela humanidade mergulhada em sua cegueira e escuridão.
É preciso celebrar o Natal do Senhor, de Jesus, o Filho encarnado do Deus Eterno. É preciso reconhecê-lo: “Ele está no meio de nós”. “A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus: são os que crêem no seu nome. Estes foram gerados não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” (Jo 1,12-13.)
Há ainda futuro aberto para a vida humana? Há ainda caminho aberto para a humanidade; caminho este que tenha direção e marche para um destino de plenitude?
Quando as decepções humanas se acumulam pelo mal que se manifesta de tantos modos no decorrer do tempo que vivemos; quando as notícias de desumanidades se fazem prato cheio nos meios de comunicação todos os dias; quando os fracassos humanos enfraquecem os sonhos de grandeza e ideais nos corações; ainda há o que esperar, pois o Amor de Deus não se deixa vencer e “onde o pecado é abundante, o amor gratuito e fiel de Deus é superabundante” (conf. Rom 5, 20. E tudo isto por nós.
Jesus está conosco, ele é o Emanuel (conf. Mt 1, 23). Com Ele tudo o que é bom poderemos realizar. Ele é definitivamente o vencedor do mal e da morte.
Ele está presente e agindo nos corações humanos, que O recebem. Ele age pelo Seu Espírito de Amor derramado nos corações e fecundando toda a realidade do mundo com a Realidade Nova – agora Eterna Boa Novidade: “Ele está no meio de nós”.
Estas Boas Festas nos querem recordar a proximidade do Amor de Deus e sua ação contínua em nós. Elas reacendem em todos os corações humanos a certeza de nossa própria grandeza. Elas nos abrem os olhos para vermos a presença de Deus em cada pessoa e a que altíssimo destino o “Pai” nos conduz. Ela é o chamado ao amor universal que a todos une como família humana e divina.
Votos de Natal Santo e Feliz - Ano Novo Abençoado - significam reconduzirmos tudo à sua fonte e ao seu destino.
Este é o “Espírito do Natal” – “Ele está no meio de nós”.
Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo de Fortaleza
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