O mês de agosto, todos os anos nos recorda, como mês temático, a realidade das Vocações. Todos somos vocacionados, isto é, chamados por Deus.
Quando falamos de vocações, a primeira impressão que temos é de estamos falando dos sacerdotes, os padres e os bispos; ou ampliando um pouco mais, estamos nos referindo aos consagrados, religiosos, religiosas, missionários e missionárias. Mas, realmente quando se fala de vocação se refere ao chamado de Deus a toda pessoa humana: a primeira e fundamental vocação à vida. E nela o Senhor propõe a graça da fé, a participação da vida divina em seu Filho Jesus Cristo pelo dom do Espírito Santo. Esta é a vocação à santidade, a vocação cristã.
E assim recordava o Papa João Paulo II: "Na Carta apostólica Novo millennio ineunte eu convidei a fazer 'a programação pastoral no signo da santidade' para “exprimir a convicção de que, se o Batismo é um verdadeiro ingresso na santidade de Deus através da inserção em Cristo e da in-habitação de seu Espírito, seria um contra-senso contentar-se com uma vida medíocre, vivida sob a bandeira de uma ética minimalista e de uma religiosidade superficial... E' hora de repropor a todos, com convicção, esta «medida alta» da vida cristã ordinária: toda a vida da comunidade eclesial e das famílias cristãs deve se orientar nessa direção (NMI 31)".
E o Papa Bento XVI na Audiência Geral de 23 de novembro de 2005: “2. Deus "escolheu-nos em Cristo" (Ef 1, 4): é a nossa vocação à santidade e à filiação adotiva e, por conseguinte, à fraternidade com Cristo. Este dom, que transforma radicalmente o nosso estado de criaturas, é-nos oferecido "por meio de Jesus Cristo" (v. 5), uma obra que entra no grande projeto salvífico divino, naquela amorosa "benevolência da vontade" (v. 5) do Pai que o Apóstolo com emoção está a completar.”
Dever primário da Igreja é dar acompanhamento aos cristãos pelos caminhos da santidade, afim de que, iluminados pela inteligência da fé, aprendam a conhecer e a contemplar o Rosto de Cristo e a redescobrir nele a própria identidade autêntica e a missão que o Senhor confia a cada um. Dessa forma, eles são “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo como pedra angular o mesmo Cristo Jesus. Nele, toda construção se ergue harmoniosamente para ser um templo santo no Senhor” (Ef 2-20-21).
Todos somos chamados – vocacionados à santidade. Sem este alicerce nada se pode construir, nenhuma outra específica vocação, estado de vida ou profissão. Será como querer construir uma casa sem alicerces; será ela destinada à ruína. Assim o próprio Jesus chamou a atenção de seus ouvintes quando falou da casa construída sobre a areia ou sobre a rocha (cf. Mt. 7, 21-27).
Toda vocação na Igreja está a serviço da santidade; todavia algumas, como a vocação ao ministério ordenado (dos sacerdotes) e a vida consagrada, o fazem de modo todo singular.
“A condição do discípulo brota de Jesus Cristo como de sua fonte, pela fé e pelo batismo, e cresce na Igreja, comunidade onde todos os seus membros adquirem igual dignidade, participam de diversos ministérios e carismas. Desse modo, realiza-se na Igreja a forma própria e específica de viver a santidade batismal a serviço do Reino de Deus.” (D Ap 84)
Sem a vivência da vocação à santidade nenhum estado de vida tem verdadeiro sentido e consistência. Tudo se torna aparência vazia.
Se a Vocação à santidade é para todos, também é dever de todos, na Igreja, a promoção das mesmas vocações, especialmente para o Sacerdócio e a Vida Consagrada.
Retomamos também neste mês das Vocações a Pastoral Vocacional em nossa Arquidiocese. Ela deverá estar presente em todas as Paróquias e Comunidades, com uma Equipe Paroquial de Pastoral Vocacional.
Seu primeiro trabalho será de, sob a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral Vocacional, promover um clima permanente de oração pelas vocações em toda a Igreja Arquidiocesana. Foi o próprio Jesus quem deu esta ordem: "A messe é grande e os operários são poucos; pedi ao Senhor da messe que envie operários para a Sua messe." (Mt. 9, 37-38)
Além disto, a Pastoral Vocacional fará o acompanhamento daqueles que se apresentarem como vocacionados e os encaminhará para um discernimento da sua vocação e amadurecimento da mesma, junto aos Seminários e Congregações Religiosas.
Por fim será também ação das Equipes Paroquiais de Pastoral Vocacional a promoção junto às comunidades do apoio econômico para a Formação dos candidatos ao Sacerdócio em nossos Seminários.
A Pastoral Vocacional será uma ação conjunta e bem coordenada em toda a Arquidiocese. Nenhum sacerdote no ministério pastoral, nenhuma comunidade eclesial de nossa Arquidiocese, poderá se eximir da responsabilidade de aderir com pleno coração e disposição à promoção dos futuros pastores de nossa Igreja – nosso dever conjunto. Operários para a messe e pastores para o rebanho.
+ José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo de Fortaleza
Fonte: Boletim Arquidiocese
Quando falamos de vocações, a primeira impressão que temos é de estamos falando dos sacerdotes, os padres e os bispos; ou ampliando um pouco mais, estamos nos referindo aos consagrados, religiosos, religiosas, missionários e missionárias. Mas, realmente quando se fala de vocação se refere ao chamado de Deus a toda pessoa humana: a primeira e fundamental vocação à vida. E nela o Senhor propõe a graça da fé, a participação da vida divina em seu Filho Jesus Cristo pelo dom do Espírito Santo. Esta é a vocação à santidade, a vocação cristã.
E assim recordava o Papa João Paulo II: "Na Carta apostólica Novo millennio ineunte eu convidei a fazer 'a programação pastoral no signo da santidade' para “exprimir a convicção de que, se o Batismo é um verdadeiro ingresso na santidade de Deus através da inserção em Cristo e da in-habitação de seu Espírito, seria um contra-senso contentar-se com uma vida medíocre, vivida sob a bandeira de uma ética minimalista e de uma religiosidade superficial... E' hora de repropor a todos, com convicção, esta «medida alta» da vida cristã ordinária: toda a vida da comunidade eclesial e das famílias cristãs deve se orientar nessa direção (NMI 31)".
E o Papa Bento XVI na Audiência Geral de 23 de novembro de 2005: “2. Deus "escolheu-nos em Cristo" (Ef 1, 4): é a nossa vocação à santidade e à filiação adotiva e, por conseguinte, à fraternidade com Cristo. Este dom, que transforma radicalmente o nosso estado de criaturas, é-nos oferecido "por meio de Jesus Cristo" (v. 5), uma obra que entra no grande projeto salvífico divino, naquela amorosa "benevolência da vontade" (v. 5) do Pai que o Apóstolo com emoção está a completar.”
Dever primário da Igreja é dar acompanhamento aos cristãos pelos caminhos da santidade, afim de que, iluminados pela inteligência da fé, aprendam a conhecer e a contemplar o Rosto de Cristo e a redescobrir nele a própria identidade autêntica e a missão que o Senhor confia a cada um. Dessa forma, eles são “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo como pedra angular o mesmo Cristo Jesus. Nele, toda construção se ergue harmoniosamente para ser um templo santo no Senhor” (Ef 2-20-21).
Todos somos chamados – vocacionados à santidade. Sem este alicerce nada se pode construir, nenhuma outra específica vocação, estado de vida ou profissão. Será como querer construir uma casa sem alicerces; será ela destinada à ruína. Assim o próprio Jesus chamou a atenção de seus ouvintes quando falou da casa construída sobre a areia ou sobre a rocha (cf. Mt. 7, 21-27).
Toda vocação na Igreja está a serviço da santidade; todavia algumas, como a vocação ao ministério ordenado (dos sacerdotes) e a vida consagrada, o fazem de modo todo singular.
“A condição do discípulo brota de Jesus Cristo como de sua fonte, pela fé e pelo batismo, e cresce na Igreja, comunidade onde todos os seus membros adquirem igual dignidade, participam de diversos ministérios e carismas. Desse modo, realiza-se na Igreja a forma própria e específica de viver a santidade batismal a serviço do Reino de Deus.” (D Ap 84)
Sem a vivência da vocação à santidade nenhum estado de vida tem verdadeiro sentido e consistência. Tudo se torna aparência vazia.
Se a Vocação à santidade é para todos, também é dever de todos, na Igreja, a promoção das mesmas vocações, especialmente para o Sacerdócio e a Vida Consagrada.
Retomamos também neste mês das Vocações a Pastoral Vocacional em nossa Arquidiocese. Ela deverá estar presente em todas as Paróquias e Comunidades, com uma Equipe Paroquial de Pastoral Vocacional.
Seu primeiro trabalho será de, sob a Coordenação Arquidiocesana de Pastoral Vocacional, promover um clima permanente de oração pelas vocações em toda a Igreja Arquidiocesana. Foi o próprio Jesus quem deu esta ordem: "A messe é grande e os operários são poucos; pedi ao Senhor da messe que envie operários para a Sua messe." (Mt. 9, 37-38)
Além disto, a Pastoral Vocacional fará o acompanhamento daqueles que se apresentarem como vocacionados e os encaminhará para um discernimento da sua vocação e amadurecimento da mesma, junto aos Seminários e Congregações Religiosas.
Por fim será também ação das Equipes Paroquiais de Pastoral Vocacional a promoção junto às comunidades do apoio econômico para a Formação dos candidatos ao Sacerdócio em nossos Seminários.
A Pastoral Vocacional será uma ação conjunta e bem coordenada em toda a Arquidiocese. Nenhum sacerdote no ministério pastoral, nenhuma comunidade eclesial de nossa Arquidiocese, poderá se eximir da responsabilidade de aderir com pleno coração e disposição à promoção dos futuros pastores de nossa Igreja – nosso dever conjunto. Operários para a messe e pastores para o rebanho.
+ José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo de Fortaleza
Fonte: Boletim Arquidiocese
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